Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

28 de fevereiro de 2013

Ouvido no 742 (4)

Acabo de comprovar empiricamente que é impossível manter o hábito de leitura no autocarro, ao som de um qualquer álbum do Tony Carreira que um empenhadíssimo condutor insiste em cantar aos berros...
Livro no bolso e toca de apreciar a cantoria!

Alcanena é o município com a 5ª taxa de desemprego mais baixa de Portugal Continental em 2012

A julgar pela infografia do Jornal de Negócios (não há link directo têm que procurar a infografia), o Município de Alcanena tem a 5ª taxa de desemprego mais baixa de Portugal Continental, situando-se nos 8,7% em 2012 (dados do INE).
Melhor que Alcanena só Vale de Cambra (8%), Oleiros (8,3%), Meda (8,4%) e Mortágua (8,5%).
Não obstante, o crescimento do desemprego entre 2010 e 2012 foi de 13,6%. Mesmo assim muito menor que o aumento registado no país.
São dados que demonstram um comportamento relativamente positivo do tecido empresarial nos últimos anos, demonstrando uma certa inelasticidade relativamente à situação do país. Provavelmente a reboque de um tipo de indústria que num contexto de crise nacional tem vindo a saber posicionar-se e a aumentar o peso nas exportações nacionais, quer de forma indirecta quer directa.
Dentro do quadro actual, pode-se considerar que os dados são positivos.

Vestígios de burro

Foi assim que os responsáveis da cadeia H3 responderam a um artigo da revista Sábado sobre a alegada presença de carne de cavalo nos hambúrgueres vendidos pela cadeia portuguesa:


Se os hambúrgueres têm carne de cavalo ou não, é coisa que não sei, mas tenho a certeza que os níveis de humor e sátira dos responsáveis da H3 estão em alta.

Fico à espera da reacção da malta dos direitos dos animais a mais esta barbaridade de uma amostra de povo que se julga pertinente, mas que não passa da insignificância que os movimentos escamoteados normalmente assumem

27 de fevereiro de 2013

Perfección

Ontem em Camp Nou assistiu-se a um quadro de quase perfeição. Só não o foi de facto por causa daquele golo sofrido.
Mourinho demonstrou que só ele consegue manietar tacticamente este Barcelona. Se existe modelo de jogo, disposição táctica e abordagem mental perfeitas para derrotar o Barcelona em sua casa, o Real Madrid demonstrou que, pelo menos ontem, as dominou por completo.
Cristiano Ronaldo esteve em grande, além do que deu em termos ofensivos, na primeira parte ajudou várias vezes Coentrão (grande exibição) a fechar o seu flanco.
Ozil, o jogador que mais me entusiasma no futebol mundial, esteve perfeito na definição dos tempos de jogo. e Varane provou que dentro de poucos anos será o melhor central do mundo.
No entanto, destacar mais alguém seria injusto (até Arbeloa fez um grande jogo), porque estiveram todos a um nível muito alto, talvez Higuaín não tanto, mas mesmo assim teve um papel essencial a bloquear a primeira fase de construção do Barcelona (os centrais).
Aliás, só assim o Real poderia ter feito o que fez em pleno Camp Nou.
Terça feira joga-se a próxima final para o Real. Espero mais uma vitória suportada numa lição táctica, sabendo de antemão que Sir Alex Ferguson não é um Vilanova ou um Roura.

15 de fevereiro de 2013

Provar do próprio veneno

Até dá pena ouvir o coitado do Tó-zé a falar no parlamento

Não diz nada com sentido, não acerta uma.
Até aqui ainda tinha a seu favor o facto de pensar pela própria cabeça (ou pelo menos era outra cabeça a pensar) mesmo que o caminho fosse tortuoso e pródigo em disparates as tomadas de posição de certa forma até eram responsáveis, mas desde que, em Coimbra, aceitou o papel de marioneta manietada por Costa e pela "tralha socrática" (vénia a Marques Mendes) que se tornou numa autêntica miséria. Pobre país este que tem alguém assim como líder da oposição.
Que não se iludam: seria muito melhor para o governo ter uma oposição séria, realista, que contribuísse com ideias e apresentasse soluções sensatas e coadunes com a realidade do que ter este badameco.
Perde o governo, perde o país e perdem os tristes dos socialistas (embora estes sejam os que menos interessam no meio disto tudo).

Still Virginia Woolf

"Dearest, I feel certain that I am going mad again. I feel we can't go through another of those terrible times. And I shan't recover this time. I begin to hear voices, and I can't concentrate. So I am doing what seems the best thing to do. You have given me the greatest possible happiness. You have been in every way all that anyone could be. I don't think two people could have been happier 'til this terrible disease came. I can't fight any longer. I know that I am spoiling your life, that without me you could work. And you will I know. You see I can't even write this properly. I can't read. What I want to say is I owe all the happiness of my life to you. You have been entirely patient with me and incredibly good. I want to say that—everybody knows it. If anybody could have saved me it would have been you. Everything has gone from me but the certainty of your goodness. I can't go on spoiling your life any longer. I don't think two people could have been happier than we have been. V"

Carta de despedida de Virginia Woolf ao seu marido antes de se suicidar.

Contos de Virgina Woolf ou Descrever o funcionamento do cérebro humano

Ler os "Contos de Virginia Woolf" é como entrar abruptamente num cérebro, neste caso de uma mulher.
Talvez por isso não encontro muita gente que goste de ler Virginia Woolf, e quando encontro são mais os homens que as mulheres. O que me faz alguma confusão. Porque a forma como ela descreve o pensamento humano é absolutamente fabuloso, assustadoramente real e incrivelmente meticuloso.
Podem dizer que não é fácil de ler - o que eu não concordo - mas isso é um argumento demasiado redutor e até preguiçoso para perder tamanha qualidade literária.
Impressiona perceber como é que alguém conseguiu prosaicamente atingir um grau de minúcia sobre algo tão banal, tão inconsciente. Todos temos pensamentos absurdos e constantes a toda a hora, todos imaginamos desenvolvimentos e especulamos mentalmente sobre os mais básicos acontecimentos do dia-a-dia, mas raros são os que têm a capacidade para escrever de forma tão clara sobre eles.
Acabado de ler Ernesto Sabato, outro mestre da descrição do pensamento.
Dois livros com a chancela da Relógio D'Água.

8 de fevereiro de 2013

Bom português, Shakespeare e Manuel de Oliveira

Ontem comecei a ver um filme na RTP2. Aliás, esta semana quase todos os dias passei pelos filme que estavam a dar na RTP2. Começam ali por volta das 22h.
O melhor que vi foi o da segunda feira e foi precisamente por estar à procura de alguma informação sobre esse filme que me deparei com esta sinopse no site da RPT2 escrito em português...do Brasil, o que é sempre desejável quando estamos em...Portugal e a ler conteúdos de um site português respeitantes a uma estação de televisão, por acaso pública, e...portuguesa. Diz assim o texto (negritos meus):

"Laura tem de escolher... Terá ela coragem para ser feliz?
Laura, uma cabeleireira viúva de 50 anos, leva uma vida vazia. Os filhos, já adultos, estão cada vez mais ausentes. Na solidão, dedica-se aos animais vadios. Sua vida vira do avesso quando acolhe Carmo, uma jovem seropositiva que não tem onde morar. Juntas, elas lutam contra a discriminação e a intolerância dos clientes e dos filhos de Laura. Algum tempo depois, Laura conhece Rui, um pescador muito mais novo do que ela, por quem se apaixona. Carmo vê seu lugar ameaçado e se insurge contra Laura, tornando-se um obstáculo para sua felicidade. Laura tem de escolher. Terá ela coragem para ser feliz?"

Voltando aos filmes da semana, na terça só passei por zapping, na quarta o filme consistia numa adaptação à época contemporânea do "Amor de Perdição" de Camilo Castelo Branco. Pareceu-me tudo menos uma ideia original até porque me lembro de ver a Claire do Homeland a fazer de Julieta e o Di Caprio a fazer de Romeu.
Para o fim da semana, na quinta, estava guardado o pior.
Comecei a ver o filme após os primeiro 10 minutos e mal vi o Ricardo Trêpa percebi que era um filme do Manuel do Oliveira. Também não é difícil chegar a esta conclusão já que esta amostra de actor só entra nos filmes feitos pelo avozinho. Começou logo aí: não consigo ver este gajo a tentar representar. Considero demasiado masoquista perder tempo da minha vida com esta espécie de João Tordo da literatura portuguesa.
Mesmo assim decidi perder algum tempo, pensando: "Esquece esse gajo e tenta ver um bocado do filme, já que o Manuel de Oliveira é tão reconhecido, alguma coisa de genial os seus filmes devem ter.". E assim foi, aguentei-me quase até ao fim. Mas, de repente, tive que parar porque a tendência para a depressão crescia em mim abruptamente. Dei comigo a pensar: "Onde é que falhaste? Será que não tens inteligência suficiente para perceber o génio de Manuel de Oliveira... Que vergonha!". Desliguei a televisão. Foi mau demais aquilo a que assisti durante mais de uma hora. Ou menos, já nem sei, porque estava num estado tão amorfo depois daquele, digamos, momento.
Com todo o respeito pela sua vida e obra, quer-me parecer que caso Eça de Queiroz fosse vivo não deixaria que fizessem uma coisa destas ao conto que escreveu.
A propósito, o filme chama-se "Singularidade de uma rapariga loura".

Decisões de direita

Para aqueles que, ainda, vão tendo alguma dificuldade em distinguir uma tomada de decisão de direita e decisão de esquerda, no que ao investimento diz respeito, aconselho que reparem bem nesta questão do TGV vs LTM.

A base é a mesma: um país falido e sem crédito; um apoio da UE para projectos desta área.

Ideia da esquerda:
- um projecto de 4 mil milhões para que Portugal possa ter um TGV e transportar pessoas mais rapidamente;
- o estado só tem que pagar cerca de 1000 milhões, seria lesivo para os cidadãos desperdiçar 75% de apoio da UE;
- uma coisa em grande com três ligações;
- queremos estar tão desenvolvidos como os países do centro da europa, mesmo que não tenhamos um tusto;
- não interessa se o investimento será produtivo ou se será oneroso para o estado no futuro, importa é que durante a sua construção o desemprego dificilmente subirá e as empresas de construção estão com trabalho;
- quem vier atrás que feche a porta.

Ideia de direita:
- um projecto de 4 mil milhões para um país falido? Mas está tudo doido ou quê?
- 4 mil milhões para transportar passageiros para Madrid e Vigo? Mas isso tem algum sentido?
- não seria melhor pensar nos interesses do país?
- o que é que o país mais necessita para conseguir equilibrar a sua balança externa? Exportações!
- não era melhor investirmos em algo que ajudasse a melhorar as exportações?
- porque é que Sines não assume a liderança portuária da Europa?
- o que é que falta ao porto Sines para ser mais competitivo que Roterdão?
- então e se ligássemos os portos de Lisboa e Setúbal a Sines?
- quanto custará esse investimento absolutamente estratégico para o país?
- custará cerca de 700 milhões com comparticipação de 85% da UE, ou seja, a fatia da comparticipação do estado será de cerca de 100 milhões.

Resumindo:
- o investimento passou de 4 mil milhões para 700 milhões;
- a comparticipação da UE passou de 75% para 85%;
- a fatia de comparticipação (investimento directo) do estado passou de 1000 milhões para 100 milhões (10 vezes menos!);
- os portos de Lisboa, Setúbal e Sines serão mais competitivos face aos seus concorrentes europeus;
- o país será mais competitivo nas exportações (o que é absolutamente essencial nesta fase);
- os interesses estratégicos do país ficaram muito mais acautelados;
- futuramente o estado dificilmente terá um ónus elevado com este investimento já que a possibilidade de rentabilidade é estupidamente maior que o modelo de transporte de passageiros;
- uma decisão estratégica de investimento de direita é sempre mais barata para os contribuintes, simplesmente porque tem um racional inteligível e factual por trás deixando de fora aquelas tretas sociais que mais não do que subterfúgios para sustentar tomadas de decisão que na sua maioria são lesivas para os cidadãos.

7 de fevereiro de 2013

Baixeza? Não. O Nicolau é mesmo assim...

Nicolau Santos adoptou um novo estilo de escrita e de pulhice.
Aureando-se de um pseudo-moralismo a todos os títulos nojento e utilizando sem qualquer pudor pessoas e casos pessoais para atacar instituições e pessoas que ele confunde com instituições.
Começou pelo menino das bolachas e agora chegou à D. Claudete. Caminhos iguais para conclusões iguais. Métodos iguais para culpabilizações iguais.

Como é que é possível que alguém com este nível possa ser director adjunto de um jornal que se diz de referência?
Que idiotice de pergunta esta. Se depois do caso Artur Baptista da Silva este enfermo não caiu, porque é que haveria de cair agora  por estar, mais uma vez, a servir-se sub-repticiamente de um episódio tão triste. Descontextualizando-o intencionalmente de forma a servir os seus propósitos.
Triste personagem este Nicolau...

Ernesto Sabato - O Túnel


Chegado ao fim do Túnel.
Uma obra de arte que é muito mais que um simples testemunho. É um livro que fala do homem e da sua maneira de pensar. Fala de amor, de obsessões, de frustrações, de procuras, de encontros.
Um pintor, aparentemente com algum renome, vivendo numa Buenos Aires dos anos 40 (isto não é indiferente à formação da sua personalidade), de trinta e tal anos (oito, acho) que tem uma relação peculiar com o mundo e com tudo o que rodeia, principalmente com tudo o que é estereotipado, com as pessoas e com a sua arte.
Por um acaso encontra numa exposição sua alguém, uma mulher, que se detém em frente a um dos seus quadros observando fixa e intrigantemente um pormenor da tela, não um casuístico, mas o pormenor. Aquele que o pintor considerava a alma e o dínamo do quadro. Aquele do qual não teria havido qualquer referência por parte de outros visitantes da exposição, muito menos de um crítico que fosse. Esta observação não passou obviamente despercebida ao pintor.
Bastou esse gesto para que ambos percebessem que finalmente teriam encontrado alguém que pensava da mesma forma. Algo que, mais eloquentemente o pintor é certo, procuravam.
A partir daqui uma sucessão de acontecimentos propicia e desenvolve um amor obsessivo que culmina com Juan Pablo a matar María.

Propositadamente saltei do início para o final da história (o autor também o faz logo a começar), não é minha intenção contá-la, muito menos tenho a pretensão de salientar pormenores deliciosos da construção das personagens principais, mormente o pintor. Isso é “trabalho” de quem quiser ler este livro “impressionante” (como Thomas Mann o descreveu) de um escritor a quem voltarei de certeza absoluta. Ernesto Sabato.

6 de fevereiro de 2013

David Hockney

Bigger Splash
(a capa do livro que referi ontem - O Túnel - é dele)
(mais)

5 de fevereiro de 2013

Coscuvelheiros

“Não herdei nada, trabalho numa empresa privada. Não percebo porque se preocupa tanto com a minha remuneração. Por quê não se preocupa com o treinador do Benfica poder receber não sei quantas mais vezes que eu? E a senhora deputada não se preocupa com isso? Talvez porque isso afectaria os seus votos.”

Foi assim que Fernando Ulrich respondeu hoje a Ana Drago no parlamento.

Esta cambada trotkista não se toca. Bisbilhoteiros! Sim é disso que se trata, embora também se costume chamar demagogia quando se quer dar um ar mais importante à coisa...

O Túnel


"Bastará dizer que sou Juan Pablo Costel, o pintor que matou María Iribarne; suponho que o processo é recordado por todos e que não necessitam de mais explicações sobre a minha pessoa."

"Existiu uma pessoa que podia entender-me. Mas foi, precisamente, a pessoa que matei."

Duas das frases inicias -a primeira delas é mesmo a primeira - do livro que hoje iniciei. Devo dizer que os 3 primeiros capítulos são incríveis, pelo que se auguram bons momentos de leitura.

Ou muito me engano ou ainda vou voltar a falar deste escritor mais algumas vezes.

4 de fevereiro de 2013

Eleições Sporting

A decorrer dentro de 45 dias!
Finalmente!

1 de fevereiro de 2013

Só mais uma achega

A conferência de imprensa do, ainda e infelizmente, presidente do Sporting é mais uma demonstração do carácter daquela personagem.
Oh Godinho vai gozar com a tua mãe!

Em frente

Seguro devia marcar o congresso e as directas com a maior brevidade possível.
É a única hipótese de derrotar Costa, é a última vida política de Seguro.
Colocando-o na pele de um "assaltante de poder", que o é. Demonstrando o alto nível de oportunismo de Costa. Conotando-o à ala Socrática. Conotando-o a uma estratégia política para o país que falhou (e de que maneira o sentimos). Denunciando a faceta de "quem tudo quer tudo perde de Costa".
Pode inclusivamente provar aos socialistas e ao país que não é um banana, um idiota e terá inclusivamente muito a ganhar Portugal.
Seguro tem oportunidade de acabar com a carreira política de Antónia Costa.

Se dúvidas houvessem

Godinho Lopes provou mais uma vez que é atrasado mental.
Este monte de merda é o pior presidente da história.
É o puro amadorismo oportunista.
Coitado do Niculae que se deixou levar por esta gentalha.
O Sporting está pior que nunca.
E ainda há bestas (também se costuma utilizar a terminologia de "notáveis") que vêm defender este (en)Godo.
O que se passou ontem foi uma vergonha.
A Juve Leo é um antro de filhos da puta que se preocupam com tudo menos com o Sporting.
Ide-vos empalar seus grandes cabrões!