Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

23 de abril de 2013

Um Visão de nada

A Visão comemora os 20 anos e lembrou-se de (ou alguém lhe propôs) colocar a seguinte questão:
Em si mesma, a pergunta não passa de uma idiotice. Uma falácia desprovida de qualquer inteligência.
Terá sido levada a sério porque a agência de meios contratada (e provavelmente foi essa mesma agência que teve a ideia) assumiu que, numa lógica de marketing, vendas e notoriedade da marca, poderia ser interessante. Poderia resultar num enredo de originalidade, ia criar buzz e a revista precisava de algo marcante para assinalar os seus 20 anos. Legítimo da parte de quem vende a ideia. Ridículo da parte de quem compra.
Decidiram então avançar com a campanha sobre a temática d'Os Lusíadas "versão século XXI". Para compor o ramalhete convidam dois "talentosos" graffiters para umas pinturas e JL Peixoto para escrever uma adaptação à obra maior de Luís de Camões em 10 contos, um sobre cada um dos cantos que a compõem.
E era aqui que queria chegar.

Algures, li alguém que tentou definir este primeiro conto de JL Peixoto com apenas uma palavra. A palavra utilizada foi: inenarrável.
Também li o excerto do primeiro conto (será?) e chegou-me. Mau demais.
Nunca vi nada de extraordinário em Peixoto, além de ser um perfeito marketeer dos livros. Continuo a não ver. Confesso que tenho curiosidade em ler o livro da viagem à Coreia do Norte, mais porque o tema me interessa do que propriamente pela escrita. Aliás, se, ao ler umas passagens como quase sempre faço antes de comprar um livro, me parecer que a coisa está muito romanceada e pouco descritiva já nem lhe toco. É uma escrita com a qual não pretendo gastar mais tempo. Já li o que tinha a ler desta personagem. E, devo acrescentar, para mim, a escrita de Uma Casa na Escuridão (2002), é muito melhor que a dos romances recentes. Era uma escrita mais escorreita, mais enleante, mais elegante até. Agora não passa de uma escrita pretensiosa, cheia de manias e pouco genuína.

P.s. Sim, eu sei que é um bocado irónico eu estar a falar no Peixoto no dia mundial do livro. Mas calhou...

2 comentários:

  1. Lamento mas, no que respeita a Peixoto, não posso concordar contigo. Sabes que eu lhe fazia um filho, se pudesse...
    Mas discordar de ti é o meu desporto favorito.
    Hihihi...

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  2. Discorda à vontade.
    Duas questões:
    - Já leste Uma Casa na Escuridão?
    - Já leste os livrinhos da Visão de que falo no post?
    bjs

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Olha que a rodada que estás a pedir é para pagar. Por isso pensa bem se queres mesmo pedi-la.