Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

25 de janeiro de 2013

Futebol Clube do Sporting

«Cada vez me capacito mais de uma coisa: ídolos, referências ou símbolos não são feitos de defesas, golos ou juras de amor eterno…isso é dever profissional ou forma fácil de agradar. Ás vezes confundem-se, injustamente, estes conceitos sem que se tenha a garantia do carácter da pessoa», João Benedito.

Retirado d'O Cacifo

Pessoalmente nunca gostei de Moutinho (excepção à primeira época e meia) e Liedson, embora perceba a importância que tiveram na história recente do Sporting.
Lembro-me de estar presente no jogo de despedida de Liedson, contra a Naval creio, em que marcou um golo quase a acabar o jogo que valeu o empate. Lembro-me da emoção que praticamente todo o estádio sentia, via pessoas em que as lágrimas lhes caíam com uma naturalidade que não podia ser fingida, via abraços sentidos, ouvia gritos de agradecimento, via um também emocionado Liedson no centro do relvado.
Mas eu não sentia nada verdadeiramente emotivo. Liedson sempre foi alguém por quem não nutri qualquer simpatia como pessoa. Desrespeitou várias vezes a instituição Sporting, os treinadores, os companheiros de equipa e os adeptos. Mas como fazia golos de toda a maneira e feitio sempre foi perdoado por tudo. Era ele o principal desestabilizador do balneário, nunca tive dúvidas disso. Mas fazia golos, a equipa ganhava com os seus golos e no futebol quase tudo se ignora desde que hajam vitórias. Estou-me literalmente nas tintas para ele.
Moutinho foi um daqueles ódios de estimação que criei na vertente estritamente futebolística. Defendi muitas vezes que, em campo, era ele o maior problema do Sporting. Ou melhor, a expectativa que treinadores e adeptos colocavam nele (e ele também tinha essa expectativa) era o maior problema do futebol praticado pelo Sporting. Acreditavam que estava ali um patrão do meio campo, um jogador capaz de gerir os tempos de uma equipa de futebol, incumbiam-no dessa missão mas as coisas não funcionavam. Simplesmente porque ele não tem essa capacidade. É um jogador de equipa, bom tacticamente, muito disponível, capaz de recuperar muitas bolas e de emprestar enorme capacidade de pressão ao meio campo. Mas nunca conseguirá assumir uma equipa, nunca será o patrão do meio campo de equipa nenhuma. Não foi um acaso o Porto ter contratado Lucho no ano passado. Percebendo claramente as limitações de Moutinho.Quem manda no meio campo é Lucho e Moutinho é a muleta. É nesse papel que ele é bom. O problema é que ele no Sporting a determinada altura achou que não queria ser a muleta e os treinadores e adeptos pensavam, erradamente quanto a mim, o mesmo.
Mas isto foi no plano futebolístico, porque a nível pessoal nunca me pareceu má pessoa. Sempre me pareceu profissional, embora tenha contado sempre com a benevolência de Paulo Bento (o suposto disciplinador mais incongruente  do futebol). Considero até que foi bastante perspicaz em querer sair na altura que saiu, tendo percebido com antecipação o que estava a acontecer no Sporting. Estava e ainda está. Não me incomoda minimamente vê-lo no Porto, acho até que só comprova da falta de nível futebolístico que desde cedo me convenci.
No que toca a Izmailov (pelo menos quando estava no Sporting era assim que se chamava) é um pouco diferente. Era o meu jogador favorito do plantel. Era nele que depositava, sempre que jogava, as minhas maiores esperanças. Com ele em campo sentia que podíamos ganhar a qualquer equipa, o futebol do Sporting subia de patamar, de um momento para o outro podia haver um lance genial que dava golo, uma daquelas bombas de fora da área que resolviam um jogo fechado. A equipa ganhava confiança com ele em campo. Sabiam que lhe podiam dar a bola, sabiam que ele geria os tempos do jogo.
Senti foi desilusão pelo que fez ao Sporting. Ingratidão por não ter retribuído tudo o que o Sporting lhe deu. Tenho pena que tenha ido para o Porto, tenho pena que se tenha assumido como uma pessoa sem carácter. Mentiroso, falso, deturpador. Pessoas assim não me merecem o mínimo respeito. Neste momento o único sentimento que tenho por esse jogador é desprezo e sinceramente anseio pela lesão que lhe porá fim à carreira de jogador e anseio que seja o mais rápido possível.

1 comentário:

Olha que a rodada que estás a pedir é para pagar. Por isso pensa bem se queres mesmo pedi-la.