Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

20 de novembro de 2012

Percepções e Realidade *

Há alturas em que tenho alguma dificuldade em discernir se as percepções que tenho são de facto a realidade. Filosoficamente a questão poderia ser colocada no prisma das várias realidades individuais e da forma como as percepções dos indivíduos e os estímulos a que estão sujeitos as influenciam e definem ou tendem a definir. Resulta claro que as percepções são ambíguas de indivíduo para indivíduo, mas a realidade, semanticamente analisada não deveria deixar muito espaço para a ambiguidade. Caso contrário a semântica do termo poderá encontrar nela própria um antagonismo.
Outra questão é a forma como, nas tais mesmas alturas, parece que as percepções assumem uma atitude  intrigantemente persecutória, como que a querem comandar a realidade. O que, de certo modo, acaba por acontecer.
Mas, adiante.
Vem esta entrada - provavelmente despropositada e incrivelmente falível ou falhada - a propósito da forma como tenho esbarrado, quase literalmente, em tudo o que é informação, em tudo o que são críticas e opiniões sobre o lançamento, em português do livro de David Foster Wallace, "A Piada Infinita", quer através de vários jornais que me chegaram por puro acaso e que não costumo comprar, quer seja por ter ido parar, de forma totalmente casuística e até arbitrária, a alguns blogs e sites.
Ainda para mais não há uma única opinião que tenha lido que não considere o autor e o livro geniais. Embora, em alguns casos, haja a assumpção e a honestidade de assumir que não terminaram o livro. O que não invalida que a percepção da genialidade esteja formada.
Desde sexta-feira que consumo informação sobre este tema. E a percepção que tenho é que a realidade atribuiu uma relevância enorme a este feito. Pergunto-me, nesta altura (uma das tais): 
terá sido esta a realidade ou simplesmente mais não foi que a minha percepção?

P.s. Não sei se algum dia lerei o livro, se o fizer não o colocarei no currículo (como desejava a jornalista do i), mas definitivamente vou querer tê-lo.

*Título, unicamente o título, retirado de um livro de Santana Lopes.

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