Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

26 de julho de 2012

FMM - Fim de semana 1

Regressado do primeiro fim de semana do Festival de Músicas do Mundo em Sines, aproveitado o que de bom tem Porto Covo (aqueles donuts da padaria), volta a normalidade a esta Taberna.
Foram vários os concertos que vi, mas há 4 que destaco por terem estado num patamar superior em relação aos restantes.
Na primeira noite, quinta-feira, Otis Taylor esteve muito, muito bem. Com um blues que tinha tanto de clássico como de contagiante. Empolgou a plateia e provou que não é preciso grandes malabarismos para conquistar o público, a sinceridade chega.
Na terceira noite, sábado, o melhor dia deste festival a que assisti. A abertura fez-se pelos nossos Dead Combo, que mal chegaram ao palco mostraram ao que vinham e como vinham. Com uma energia electrizante, rapidamente estabeleceram com o público um pacto de ligação que duraria todo o concerto. Ao fim dos primeiros temas juntou-se-lhes um (espalhafatoso em demasia) Alexandre Frazão na bateria, embora a sua inegável qualidade tenha acrescentado uma diversidade rítmica interessante ao duo original. Mais uns temas volvidos e chega Marc Ribot. Tocou vários temas, não só os que gravou no último álbum dos Dead Combo, e transportou a já excelente música da banda portuguesa para um patamar muito superior. Talvez o melhor concerto do festival que vi. Sem o Ribot não o teria sido.
Seguiu-se um pargo grelhado, para seguidamente ver mais dois grandes concerto. Primeiro Béla Fleck com a cantora malaia Oumou Sangaré. Uma fusão de rara beleza com grooves brutais de bateria e baixo a fazer lembrar os Flecktones e com um Will Calhoun (baterista) fantástico. Um grande concerto que fechou da melhor maneira a digressão desta banda.
Logo de seguida, Marc Ribot volta ao palco com o projecto Los Cubanos Postizos trazendo para a realidade do castelo de Sines toda a energia dos ritmos cubanos. Um concerto que durou duas horas e do qual se teve a sensação que, se o deixassem, Marc Ribot continuaria a tocar pela noite fora. Com alguns momentos mais melancólicos e pese embora a transversalidade rítmica, a qualidade musical esteve num nível muito elevado. Ribot é um monstro musical e poder assistir a uma performance de Horacio "El Negro" Hernandez também foi, para mim, motivo de muito interesse.
Após estes primeiros dias de concerto, veio o domingo de calma e com ele a melhor refeição das férias. Onde? Na Marisqueira das Azenhas do Mar. É tudo excelente, então os camarões ao alho e a massa de tamboril... Sem palavras.

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