Depois do envio de José Sócrates para um centro de novas oportunidades em Paris e na iminência de Santana Lopes privatizar o Totobola, os sócios desta Taberna sentiram-se obrigados a tomar as rédeas do país, tendo como base de comando este espaço!

24 de novembro de 2011

Greve Geral???

Anda uma pessoa a levantar-se 15 minutos mais cedo que o habitual com receio da grande greve de hoje porque o trânsito ia estar caótico, porque não ia haver transportes, porque ia haver piquetes de greve a impedir o trânsito e blá, blá, blá...
Afinal cheguei exactamente 15 minutos antes do habitual ao escritório. Ou seja, o impacto da greve foi 0.
E depois dei por mim a pensar, mas haverá algum motivo real para se fazer greve? Ou melhor, haverá algo que a greve possa de facto alterar? É quando se tomam atitudes drásticas o objectivo é que algo mude. Pois bem, a minha conclusão é muito simples. Fazer greve hoje em dia é pouco mais que uma autêntica estupidez, muito própria de quatro organizações paradas no tempo, com líderes que pelo menos de ano a ano precisam de se sentir importantes, com ideias que nada têm a ver com a realidade, enfim, são instituições que, pelo menos duas delas, nem necessitariam de existir.
Mas voltando um pouco atrás, fazer hoje é uma autêntica estupidez porquê?
1) Porque os motivos são irrealistas, latos e genéricos;
2) Porque quaisquer que sejam os motivos a correspondência não vai existir;
3) Porque fazer greve não é ficar em casa a ver o Goucha;
4) Porque fazer greve implica um dia menos de salário e de subsídio de almoço;
and least but not the last
5) Porque qualquer trabalhador inteligente não se sente minimamente representado nos líderes sindicais que temos.
A propósito deste último ponto, veja-se o caso da Autoeuropa e a forma como ao expulsar os sindicatos conseguiu um acordo de trabalho flexível, que funciona de forma exemplar, que faz com que a maior exportadora nacional tenha aumentado a sua produção em 50%, que permitiu aumento de salários em 2011 e o permitirá também em 2012. Isto sim é um exemplo do que uma comissão de trabalhadores responsável e organizada pode conseguir obter. Obviamente sem a presença dos (tristes) sindicatos portugueses e obviamente com a percepção da realidade empresarial por parte dos trabalhadores e da importância de uma equipada motiva por parte da administração.
A greve é uma cena que a mim não me assiste. E, espero, nunca me assista. Pois duvido muito da relevância desse...direito.

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